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19.Mar - Encontro dos Organismos do Regional Sul III debate Ação Social da Igreja
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O primeiro Encontro dos Organismos da Igreja Católica no Rio Grande do Sul, em 2014, aconteceu nos dias 18 e 19 de março em Porto Alegre. Recebido por parte do episcopado gaúcho e os mais de 40 coordenadores arqui/diocesanos e dos Serviços, Setores e Pastorais do Regional Sul 3, na Casa de Retiros Vila Betânia, Pe. Ari Antônio dos Reis, assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), foi o palestrante convidado dessa edição. Em foco esteve o tema Ação Social da Igreja e diálogo com a sociedade. “O nosso país vive a sensação de que se melhorou consideravelmente a qualidade de vida dos brasileiros mediante a força do consumo, sobretudo entre a classe C. Entretanto, as reais melhorias na estrutura social do Brasil não foram conseguidas e não podem ter esse viés ligado única e exclusivamente ao consumo”, alertou o assessor.



ENCONTRO DOS ORGANISMOS REGIONAL SUL 3 DA CNBB 18 E 19 DE MARÇO DE 2014 3



Da Arquidiocese de Passo Fundo, participaram Pe. Renato Biasi, coordenador de pastoral; Pe. Mateus Danieli, coordenador regional da pastoral litúrgica; e Ir. Imelda Jacoby, coordenadora regional da pastoral carcerária.



Os bispos do Rio Grande do Sul foram representados pela presidência do Regional Sul 3: dom Zeno Hastenteufel, bispo de Novo Hamburgo e presidente, dom Canísio Klaus, bispo de Santa Cruz do Sul e vice-presidente, e dom Remídio José Bohn, bispo de Cachoeira do Sul e secretário. Somados a eles também participaram dom Gilio Felicio, bispo de Bagé, dom José Gislon, bispo de Erexim, e dom Jaime Pedro Kohl, bispo de Osório, pela ordem, representando as Províncias Eclesiásticas de Pelotas, Passo Fundo e Porto Alegre. Dom Aloísio A. Dilli, bispo de Uruguaiana e representante da Província Eclesiástica de Santa Maria, se recupera de cirurgia e enviou seu novo coordenador de Pastoral, Pe. Alvano Freitas.



De acordo com Pe. Ari, em verdade, a temática da Ação Social da Igreja perpassa todas as instâncias da missão que reveste a Igreja Católica. Mas são as Pastorais Sociais, englobadas pela CEP para a Caridade, Justiça e Paz, as grandes responsáveis por fazer com que a Igreja se faça presente, de maneira efetiva, sobre as ações que envolvem melhorias diretas na condição de vida das pessoas. Em especial as mais pobres. Baseado nas cinco urgências da ação evangelizadora da Igreja no Brasil (2011-2015), o mote central foi a quinta urgência: a Igreja a serviço da vida plena para todos. “Ela nos provoca, especialmente as Pastorais Sociais, a fazer alguma ação evangelizadora voltada a garantir vida digna para a sociedade”, disse padre Ari.



Questionados pela proposição: “Quais são os clamores que sentimos como urgência”, os participantes do Encontro dos Organismos refletiram a partir da exposição de Pe. Ari e, como o auxílio do assessor nacional, trabalharam para definir os pontos-chaves para a Ação Social da Igreja no Regional Sul 3. Na opinião do assessor, incentivar a participação social e política dos cristãos, principalmente no Conselho de Direitos, é crucial. “Está muito nítido que é necessária a presença da Igreja Católica nos Conselhos. Mas também a qualidade que nós damos para os nossos representantes demarcarem a sua presença é muito importante para o fortalecimento da sociedade civil. Essa questão das manifestações nos deu a possibilidade de fazer uma outra leitura do Brasil”, ressaltou ele sobre a eclosão dos protestos sociais deflagrados a partir de junho de 2013.



Agricultura familiar versus Agronegócio



ENCONTRO DOS ORGANISMOS REGIONAL SUL 3 DA CNBB 18 E 19 DE MARÇO DE 2014 1



Uma das bandeiras defendidas pelas Pastorais Sociais é a agricultura familiar, em que se vislumbra a possibilidade de uma sociedade mais equânime e sustentável ecologicamente. De acordo com dados apresentados na 5ª Semana Social Brasileira e trazidos à tona pelo coordenador das Pastorais Sociais junto ao RS3, Waldir Bohn Gass, “enquanto a agricultura familiar recebe sete vezes menos investimento do que o agronegócio, é ela, a agricultura familiar, a responsável por produzir 75% dos alimentos que estão na mesa dos brasileiros”. 



“Através de coisinhas muito pequenas, as iniciativas da economia popular e solidária vêm promovendo melhorias para a população mais pobre. Eles são muito criativos, mas muitas vezes não são conseguidos recursos básicos para se iniciar essas ações. Aí é onde também a Igreja poderia ajudar a essas famílias humildes. Contudo, sem perder de vista o cuidado e a promoção da vida, da ecologia em um planeta degradado que ameaça a própria viabilidade da vida”, destacou Pe. Ari Antônio dos Reis em relação ao apoio que deve ser dado à economia solidária, à agricultura familiar e à agroecologia.



Ao final, o assessor nacional ainda citou o avanço do grande capital, e por vezes o Estado, sobre as terras das populações indígenas e quilombolas seja para a construção de usinas hidrelétricas e demais fins. “Para esses grupos culturais, o território é uma condição importantíssima na manutenção da própria cultura deles” salientou Pe. Ari conforme o posicionamento defendido pela CNBB.



Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz da CNBB



Presidida por dom Guilherme Antônio Werlang, MSF, bispo da Diocese de Ipameri (GO), a Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz da CNBB é composta por dez Comissões Episcopais de Pastoral. São elas: Afro-Brasileira, Migrantes, Povo da Rua, Pessoa Idosa, DSTs/AIDS, Operária, Saúde, Pescadores, Carcerária, e Mulher Marginalizada.



Os organismos vinculados Cáritas, CBJP, IBRADES, CERIS, CPT, Pastoral da Criança, Pastoral do Menor, Pastoral da Sobriedade; e os setores Mutirão pela Superação da Miséria e da Fome e Pastoral da Mobilidade Humana também integram a CEP para a Caridade, Justiça e Paz.



“Precisamos nos empenhar a fim de que a política seja realmente uma administração do bem público”, afirma Dom Remídio José Bohn.



Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo

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Fonte: Eliana Patrícia Stumpf

Assessora de Comunicação Regional Sul 3 da CNBB



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