Os Seminários da Campanha da Fraternidade, que estão movimento as áreas pastorais da Arquidiocese de Passo Fundo desde o último mês, buscam ajudar as comunidades a melhor viver o período quaresmal e, ainda, motivar um compromisso maior com o tema proposto para este ano – Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso. Em Passo Fundo, as lideranças se reuniram na noite desta terça-feira, 10, e refletiram sobre os diferentes olhares a respeito da vida.
Preparados pela Equipe da Campanha da Fraternidade 2020, com o apoio do Conselho de Pastoral das Áreas Pastorais, os encontros são uma forma de aproximar a comunidade da temática da Campanha e, ainda, de provocar reflexões e ações possíveis em cada paróquia. Assim, o Seminário – que é um elemento importante na efetivação da quinta urgência do Plano da Ação Evangelizadora da Igreja Arquidiocesana “Igreja profética e misericordiosa a serviço da vida” – apresentou o texto-base da CF e ajudou, através de falas, oração e meditação, a refletir sobre a proposta de olhar para a vida a partir do olhar de Jesus Cristo.
Os diferentes olhares
Iniciando as reflexões, o padre Eberson Fontana – reitor do Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora Aparecida – destacou a importância da CF para a Igreja. “A Campanha vem para mostrar que precisamos atuar em situações que necessitam de fraternidade. Nos ajuda a refletir sobre algo necessário. Nos motiva a promover a fraternidade”, iniciou o padre. A reflexão seguiu a partir do lema da CF – “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34) e do método VER, JULGAR e AGIR – apresentado pelo Texto-Base. O padre explicou, também, sobre os diferentes olhares que denigrem e machucam a vida e, também, sobre o olhar de compaixão de Jesus. “Nos perguntamos qual olhar queremos ter? O olhar da indiferença? Ou o olhar de Jesus, sensível e atento?”, questionou.
Sentir compaixão
Dom Rodolfo Luís Weber, arcebispo de Passo Fundo, refletiu sobre o trecho “sentiu compaixão” e, em sua fala, trouxe várias referências que, ao longo dos anos, ajudaram a compreender o sentido da palavra “compaixão”. “Se vemos um cenário ruim, precisamos ver, de fato. E se vemos um cenário bom, também precisamos ver. E, nesse caso, aplaudir e reforçar. Temos um cenário a combater, mas também temos ações a reforçar”, iniciou.
“Nosso esforço será sempre ver como Jesus Cristo viu e transformar isso em envolvimento”, continuou o arcebispo. “A Igreja quer aprofundar em nós os sentimentos de Cristo. É um desafio vivermos em um cenário de crueldade e não sermos mais um que reproduz a mesma postura”, complementou. O arcebispo trouxe, ainda, a mensagem e proposta de Cristo como centro de nossa fé. “A nossa vida tem sentido quando saímos de nós. O sentido da vida está ligado à causa que vivemos. Nosso agir deve estar refinado com a nossa consciência”, concluiu.
Em busca da ação
Por fim, o coordenador arquidiocesano de pastoral, padre Ivanir Antonio Rampon, apresentou as propostas de cuidado da vida e ressaltou a importância da ação. ”Que nós tenhamos em nós os mesmos sentimentos que haviam em Jesus Cristo e que o nosso ser seja iluminado pelos mesmos sentimentos d’Ele – em especial a compaixão que nos compele a agir em favor do outro. A CF quer nos ajudar”, completou o coordenador.
Hoje, a área de Carazinho recebe a equipe e amanhã, dia 12, Tapejara acolhe o último seminário. Ainda, a Campanha da Fraternidade motiva a Coleta da Solidariedade no Domingo de Ramos, 5 de abril. O valor arrecadado neste dia é direcionado para os Fundos de Solidariedade.
Sammara Garbelotto
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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