Na manhã desta sexta-feira, 07, o Centro Arquidiocesano de Pastoral recebeu a visita dos representantes nacionais da Pastoral Carcerária, a Coordenadora Nacional, Irmã Petra Silvia Pfaller, o Assessor Teológico, Padre Gianfranco Graziola e a Assessora Nacional da Justiça Restaurativa, Vera Lucia Dalzotto, acompanhados pelo Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, Padre Ivanir Antonio Rampon.

Segundo Irmã Petra o trabalho Nacional da Pastoral Carcerária é dar apoio aos grupos locais, elaborar os materiais de formação e tirar dúvidas sobre situações locais, como perante a denúncias envolvendo o sistema prisional.

“As denúncias maiores são referentes a violação dos direitos humanos, que afetam a dignidade dos presos que são pisadas em todos os sentidos e níveis. Perante a pandemia as denúncias de tortura triplicaram, além dos espancamentos, falta de comida, alimentos estragados, falta de acesso a saúde e medicamentos, e também da falta de contato com a família a quase dois anos. Aumentou a pobreza aqui fora, mas aumentou ainda mais lá dentro”, disse ela.

Ela ainda ressaltou como os agentes da Pastoral a nível nacional já estão a dois anos sem ter acesso a visitas ao presídio por conta da pandemia, deixando os encarcerados sem assistência religiosa presencial, no Rio Grande do Sul a situação está melhorando, com grande parte dos agentes já tendo a possibilidade de realizar visitas aos presos.

Mesmo sem conseguir fazer as visitas, que são o cerne da Pastoral Carcerária, os agentes não pararam, o tempo foi utilizado para realizar um atendimento maior as famílias dos presos, além da produção de kits de higiene, contendo máscaras, que foram deixados nas portas dos presídios. Também foi possível realizar formações mais intensas com os agentes de maneira online, através de cursos como o Justiça Restaurativa, clique aqui para saber mais.

O Pe. Gianfranco ainda destacou a vontade dos agentes de retornar as visitas e ressaltou a importância de tomar consciência de como os presos estão neste momento tão difícil e também realizar uma reflexão teológica a partir do olhar de uma Igreja Samaritana em Saída.

Ele também ressalta a importância de os padres pensarem o presídio como parte da comunidade e da paróquia, não uma instituição isolada, mas incluir os presos como parte dos fiéis que precisam de assistência constante.

Amanda Nascimento
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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