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31.Mar - Animação Bíblico-Catequética realiza Encontro Arquidiocesano de Coordenadores paroquiais de Catequese
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Animação Bíblico-Catequética realiza Encontro Arquidiocesano de Coordenadores paroquiais de Catequese

A coordenação da Animação Bíblico-Catequética (AB-C) da Arquidiocese de Passo Fundo realizou no dia 30 de março, na Casa de Retiros, o primeiro Encontro Anual de Coordenadores Paroquiais de Catequese, com a presença da maioria das 53 paróquias da Arquidiocese, após dois anos sem encontros presenciais, em virtude da pandemia.

 

A coordenadora arquidiocesana da Animação Bíblico-Catequética, Mirte Santina, explica que a programação foi de suma importância para a caminhada catequética e para o aprofundamento do processo de IVC, pois a pandemia acrescentou novos desafios para a Iniciação à Vida Cristã em toda a Igreja. Ela também explica que Dom Rodolfo proporcionou um momento de formação dentro da caminhada Catequética, tendo presente a Campanha da Fraternidade deste ano e sua relação com Animação Bíblico-Catequética, trazendo alguns elementos importantes da Iniciação à Vida Cristã.

 

Também, marcou o dia, a Retomada do processo catequético paroquial, dificuldades, dúvidas e como está encaminhada a catequese para este ano de 2022. “O dia foi de oração, convivência, partilha e muito aprendizado, com as bênçãos de Deus, mostrando que o caminho que percorremos precisa ser aperfeiçoado dia-a-dia. Os(as) participantes expressaram a alegria do encontrar-se, retomando a caminhada”, disse Mirte.

 

O Arcebispo citou o Doc. 107 da CNBB, no número 56, que diz: A inspiração catecumenal que propomos é uma dinâmica, uma pedagogia, uma mística, que nos convida a entrar sempre mais no mistério do amor de Deus. Um itinerário mistagógico, um desejo que nunca acaba. Porque Deus, sendo amor, nunca se esgota. A mística é a entrada nesse movimento de busca de Deus, que para a fé cristã, concretiza-se no encontro com o outro. E, “cada vez que nos encontramos com ser humano no amor, ficamos capazes de descobrir algo novo sobre Deus”.

 

Continue aprofundando a formação de Dom Rodolfo, e conheça o texto completo abaixo.

 

Passo Fundo, 28 de março de 2022

 

Catequistas, saudações em Jesus Cristo!

 

A Campanha da Fraternidade de 2022 – Fraternidade e Educação: Fala com sabedoria, ensina com amor – recorda que as instituições educativas por excelência são a família, a escola, a Igreja e a sociedade. A missão educativa é realizada de forma colaborativa e cada instância deve ser protagonista naquilo que tem de específico para a educação integral das pessoas. As rápidas e profundas mudanças nos últimos anos repercutiram nas instituições e elas encontram hoje dificuldades para realizar a sua missão de forma institucional. Perderam espaço, surgiram dúvidas e incertezas sobre como educar. Muitos outros meios, especialmente as redes sociais, se apresentaram como substitutas dos lugares “tradicionais” de educação. Se há dificuldades, isto não significa que estas instituições se tornaram dispensáveis. Muito pelo contrário os vazios mostram a sua necessidade. O mandato de Jesus “ide e ensinai” ecoa, agora, forte em nossos ouvidos. Se faz necessário escutá-lo. É um mandato dirigido de forma direta aos ministros ordenados e também aqueles que receberam dons particulares, por exemplo os catequistas que exercem um verdadeiro ministério de ensino da fé.

 

O único lugar onde a absoluta maioria dos fiéis alimenta a fé é na participação das celebrações dos sacramentos, principalmente a Eucaristia. Por isso toda celebração eucarística deve ser sempre muito bem preparada. Nela a homilia faz parte da liturgia da palavra, por isso tem uma importância fundamental.

 

Os catequizandos são educados na fé quase que exclusivamente nos encontros catequéticos. Alguns recebem ajuda dos pais, dos avós. Diante disso cresce a importância da missão da(o) catequista. Diante do catequizando o catequista tem a missão de mestre que fala com sabedoria e ensina com amor. É o múnus de ensinar.

 

A catequese: “visa o duplo objetivo de fazer amadurecer a fé inicial e de educar o verdadeiro discípulo de Cristo, mediante um conhecimento mais aprofundado e sistemático da pessoa e da mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo. (...) Trata-se, com efeito, de fazer crescer no plano do conhecimento e da vida, a semente da fé lançada pelo Espírito Santo, com o primeiro anúncio do Evangelho, e transmitido eficazmente pelo Batismo” (Diretório para a Catequese, 2022).

 

A pandemia acrescentou novos desafios para a Iniciação à Vida Cristã – IVC. Centenas de catequistas voluntariamente se dedicam a esta missão em nossas comunidades. Merecem a gratidão do arcebispo, dos padres, da coordenação de catequese e de toda a comunidade paroquial local e arquidiocesana. Merecem todo apoio pastoral, formação, incentivo, acompanhamento para realizarem a IVC.

 

Os testemunhos de catequistas sobre a IVC no tempo da pandemia mostram claramente que catequese on-line, WhatsApp, folhas impressas são meios insuficientes e precários, mesmo para os catequizandos e catequistas que tem disponível a melhor tecnologia.

 

As dificuldades da IVC durante a pandemia confirmam o caminho que estamos fazendo na IVC. Um caminho a ser aperfeiçoado dia-a-dia.

 

A inspiração catecumenal que propomos é uma dinâmica, uma pedagogia, uma mística, que nos convida a entrar sempre mais no mistério do amor de Deus. Um itinerário mistagógico, um desejo que nunca acaba. Porque Deus, sendo amor, nunca se esgota. A mística é a entrada nesse movimento de busca de Deus, que para a fé cristã, concretiza-se no encontro com o outro. E, “cada vez que nos encontramos com ser humano no amor, ficamos capazes de descobrir algo de novo sobre Deus” (CNBB, Doc. 107, nº56).

 

ALGUNS ELEMENTOS IMPORTANTES DA IVC

Todos os ensinamentos da Igreja apontam para estes elementos. Recordo alguns do Diretório para a Catequese, do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, CNBB, Doc. da Igreja, nº 61, 2020.

 

Transmissão dos conteúdos da fé

Na catequese é transmitido, ensinado de forma sistemática e progressiva a doutrina católica que é o fundamento fé. Também dá a identidade católica.

 

Catecismo da Igreja Católica – CigC.  Faz 30 anos que foi promulgado o CIgC fruto do desejo e pedido do Concílio Vaticano II. Ele apresenta de “forma orgânica a fé, é um instrumento de comunhão eclesial e também ponto de referência para a catequese” (Diretório, 182). Tem por objetivo “estabelecer uma norma segura para o ensino da fé. Por esta razão, oferece uma resposta clara e confiável ao direito legítimo de todos os batizados de ter acesso à apresentação da fé da Igreja em sua integridade, de forma sistemática e compreensível” (185).

 

O CIgC tem quatro partes, inspiradas na primeira descrição da comunidade cristã de Atos dos Apóstolos: a) Profissão da fé (símbolo), b) a liturgia (os sacramentos da fé), c) a vida do discipulado (os mandamentos), d) a oração cristã (o Pai-Nosso). De fato, a catequese: abre à fé em Deus uno e trino e a seu plano de salvação; educa à ação litúrgica e inicia à vida sacramental da Igreja; sustenta a resposta dos fiéis à graça de Deus; introduz à prática da oração cristã” (189)

 

Fontes da Catequese

a)                 Palavra de Deus – “A Sagrada Escritura, que Deus inspirou, alcança profundamente a alma humana, mais do que qualquer outra palavra” (91)

b)                 Magistério – “O magistério conserva, interpreta e transmite o depósito da fé, ou seja, o conteúdo da Revelação” (93)

c)                 Liturgia. “A liturgia é uma das fontes essenciais e indispensáveis da catequese da Igreja, não só porque a partir da liturgia a catequese pode colher conteúdos, linguagens, gestos e palavras da fé, mas sobretudo porque elas se pertencem mutuamente no ato de crer”. (95) “A liturgia é o lugar privilegiado da catequese do povo de Deus” (96)

d)                 Testemunho dos santos, dos mártires e Maria – são exemplos da vivência da fé

e)                 Teologia; f) A cultura cristã  g) Beleza – Deus fonte esplendor e beleza - Ações belas

 

Catequista (110-113)

“No conjunto dos ministério e serviços, o “ministério da catequese” ocupa um lugar significativo, indispensável para o crescimento da fé.

 

O catequista pertence a uma comunidade crista e dela é expressão. Seu serviço é vivido dentro de uma comunidade, que é o primeiro sujeito de acompanhamento na fé.

 

O catequista é: testemunha da fé e guardião da memória de Deus; mestre e mistagogo, acompanhador e educador.

 

O catequista deve cultivar o discipulado, isto é, estar pronto para aprender e deixar-se orientar, aprofundar o crê e ensina.

 

Metodologia

A mistagogia é uma progressiva introdução ao mistério pascal de Cristo, vivido na experiência comunitária. Papel importante, nesse processo de imersão, desempenham as celebrações litúrgicas e o aprofundamento dos sacramentos da Iniciação à Vida Cristã. (CNBB, Doc 107, n.60).

 

A IVC insiste na importância do método na catequese. O conteúdo deve ser transmitido com meios que usem os cinco sentidos da pessoa: visão, audição, paladar, olfato e tato.

 

Durante da IVC temos várias celebrações, entregas, símbolos, etc... Para que alcancem o seu objetivo devem ser preparados nos encontros de catequese, harmonizados com a liturgia, a programação paroquial.  Bem preparados os ritos ficarão naturais, belos....

 

Estas celebrações são a melhor maneira de aproximar a comunidade dos catequizandos; os catequizandos da comunidade; famílias e catequizandos e vice-versa.

 

Missionária

A IVC é missionária por acolher e aproximar-se dos catequizandos e familiares. Fortalece e aprofunda a fé daqueles que caminham na Igreja, aquece o coração e a fé dos catequizandos e familiares que foram batizados e agora estão distantes da comunidade; como também acolhe catequizandos que não são batizados ou vem de outras Igrejas ou religiões e os introduzem na Igreja Católica. Acolher a todos conforme a sua situação.

 

Certamente cada catequista gostaria de colher os frutos da sua missão evangelizadora. Quais frutos? Como quantificá-los e identificá-los? Os critérios humanos são muito limitados e, geralmente, vemos as aparências ou já pré-definimos os resultados. Um dia Jesus disse: “O Reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem se poderá dizer: “Está aqui”, ou “está ali”, pois o Reino de Deus está no meio de vós” (Lc 17,20-21).

 

“Levar a sério” a IVCA é saber que a nossa tarefa é sermos anunciadores, semeadores do Reino de Deus. Tratar com a maior dignidade e respeitar os catequizandos e familiares. Esta atitude se concretiza: no aviso das inscrições dos sacramentos, na inscrição, no ambiente das salas, nas entregas, na celebração do sacramento.

 

Conhecer a Jesus Cristo pela fé é a nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos acolher. Com os olhos iluminados pela luz de Jesus Cristo ressuscitado, podemos e queremos contemplar o mundo, a história, os nossos povos da América Latina e do Caribe, e cada um dos seus habitantes. (Documento de Aparecida, n.18).

 

Rogo a Deus e peço as suas bênçãos, pela intercessão de nossos santos padroeiros e padroeiras, pelas(os) catequistas, catequizandos, familiares, comunidades e coordenações.

 

Em Cristo!

 

Dom Rodolfo Luís Weber - Arcebispo de Passo Fundo

 

 

 

 


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