Arquidiocese de Passo Fundo
 
 
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18.Dez - José, Feliz Esposo
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José, Feliz Esposo

 


           Nossa Arquidiocese de Passo Fundo tem cinco paróquias, onde São José é o padroeiro. São elas: em Carazinho, Ernestina, Passo Fundo (duas), Montauri e Sertão. Além dessas igrejas matrizes, há dezenas de pequenas comunidades, onde o povo cultua uma devoção Josefina. Há ainda a Paróquia de David Canabarro com a devoção à Sagrada Família, que apresenta José, como modelo de pai, educador e trabalhador. Ele foi declarado como Padroeiro da Igreja Católica, pelo Papa Pio IX, em 08 de dezembro de 1870.


         


            A Igreja quer ressaltar a missão exercida por José, o pai nutritivo de Jesus, como modelo de trabalhador e educador. Da mesma forma como ele foi o protetor de Maria e Jesus, é também o protetor da Igreja.




            Nem sempre foi assim. Até o ano mil da era cristã, São José aparece pouco lembrado em construções de igrejas e lugares de culto. A partir de então multiplicam-se as devoções em sua honra, até que em 1479 é instituída a festa de São José – “Esposo da Virgem Maria”. Mais tarde acrescentou-se “Patrono da Igreja e das famílias”. Em 1886 foi fixado, em muitos países, o dia do trabalhador, para o dia 1º de maio. Mais tarde, em 1955, o Papa Pio XII, instituiu a festa de São José Operário, para o dia 1º de maio, apresentando-o como modelo de trabalhador. Pela história, houve um amadurecimento da compreensão da missão que José assumiu desde a espera da vinda do Messias, até os dias de hoje. Recebeu muitos títulos, apresentado como modelo de pai, de educador, modelo para as famílias e comunidades cristãs. Mais recentemente foi incluído na oração eucarística, quando rezamos – “Dai-nos participar da vida eterna, com a Virgem Maria, com São José, seu esposo...”




            Com a pessoa de José, acontece algo parecido de Maria: parece que nunca se disse o bastante. Sempre se descobre mais um aspecto valioso da acolhida e do seguimento de Jesus. Muitas vezes se escreve sobre José, imaginando a vida comum de uma criança judia. Mas sobre a infância dele, não temos escritos confiáveis, a não ser o que diz a Bíblia Sagrada. Alguns montam biografias, baseadas nas visões e “imaginações” da vidente Teresa Neumann. Mas, nada melhor do que pisar em terreno firme. Na época da juventude de José, da família de Davi, o costume era a escolha da noiva, que recaiu sobre Maria. Após a escolha da noiva, vinha o período do noivado. Seu rompimento era problema judicial. Apesar de não ser ainda união, já era posse, como se fosse mulher.




                        Mudanças na vida do casal


            Tudo corria normal no noivado de Maria e José, quando “um anjo foi enviado por Deus a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de Davi. E o nome da Virgem era Maria”. “E o santo gerado de ti, será chamado Filho de Deus” (texto completo em Lc 1,26-38). Maria sabia do alcance das palavras do anjo e da revolução que se instalara em sua vida. José, igualmente aguardava o Messias e conhecia a abrangência das leis da Torá e ficou tomado de dúvidas, ao perceber a gravidez. Mas não duvidou da honestidade e da seriedade da vida de Maria. E para a serenidade de seus pensamentos, o anjo veio esclarecer suas dúvidas: “Não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo” (Mt 1,20). Ele está dizendo para receber como esposa, aquela que já é sua noiva.




            José e Maria resolveram encerrar o noivado e celebrar o casamento. Não sabemos como foi a festa. Somente se imagina que foi igual a de outros jovens judeus, entre 18 e 25 anos. E a jovem sempre com menos idade do que o esposo.




                Maria recorda as palavras do anjo: “Dará à luz um filho. Será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi”(Lc 1,20-21). E José recorda as palavras do anjo: “Ela dará à luz um filho a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará seu povo de seus pecados” (Mt 1,20-21). Com a consciência de estar participando do mistério da salvação, Maria renova a sua consagração virginal a José: é esposa, é mãe. Nada pede a José, além de amá-lo: nenhuma posse, apenas doação. Da mesma forma José renova sua consagração virginal a Maria: é esposo, será pai. Nada pede a Maria, além de amá-la.




                        Viagem até Belém


            César Augusto ordena o recenseamento de toda terra. José e Maria dirigem-se a Belém, onde nasce Jesus (Lc 2,1-7). A cidade, na época, tinha em torno de mil habitantes, morando em habitações simples, sem muito espaço para visitas. O local do nascimento de Jesus numa gruta, de rocha calcária, está marcado com uma estrela de prata, para veneração dos visitantes. Neste local, os pastores adoraram o recém-nascido, com grande alegria para todo povo (Lc2,8-18).




            José assumiu sua missão paterna, perante a Lei (Lc 2,48), levando o menino para ser circuncidado e para ser apresentado ao Senhor, conforme a lei de Moisés, oferecendo dois pombinhos. Acolheu os “magos” do Oriente e seus presentes para o menino. Partiu para o Egito, fugindo da ira de Herodes. Sustentou a família com seu trabalho temporário até nova ordem do anjo: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e retorna à terra de Israel” (Mt 2,20 -23). Qual novo Moisés, retorna à terra prometida. Em Nazaré, além do trabalho de carpinteiro, assumiu a tarefa de educar o menino na Torá. Levava, Jesus todos os anos, para a festa da Páscoa em Jerusalém. Aos doze anos, ficou no Templo, sem que os pais o percebessem. Aflitos o procuraram e o acharam discutindo com os doutores da Lei (2,41-50, prestando provas sobre a Torá. José o acompanhou até os treze anos na sinagoga, quando atingiu a maioridade religiosa, assumindo os compromissos dos adultos, aceitando a Torá e seus 613 mandamentos.




                        Viver como José viveu


            Em Nazaré, Jesus ficou submisso à Maria e José. “Crescia em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e diante dos homens” (Lc 2,51). Depois disso, não temos mais, na Sagrada Escritura, referências a José. Certamente continuou seu trabalho no dia a dia da vida, ganhando a vida na marcenaria. Santificava o sábado e, como todo bom judeu, celebrava a criação.




            José liga Jesus ao Antigo Testamento, identificando-o como Messias. Enfim, a pessoa de José e sua nobre missão, dá sentido ao mistério da Encarnação e à vida de Jesus.




            José foi privilegiado por Deus, dando-lhe sabedoria, prudência, amor e misericórdia. Deus lhe deu a maior honra, ao ser chamado de “pai”, por seu filho Jesus. Foi um verdadeiro esposo, mesmo que não tenha uma vida conjugal íntima. José é apresentado como Esposo da Igreja, como leigo exemplar, como modelo de paternidade. A casa de Nazaré continua sendo modelo para nossos lares cristãos, nossas igrejas domésticas.


           


 


 


 


Fonte: Pe. Adalíbio Barth

Pe. Adalíbio Barth

Pe. Adalíbio Barth

Pe. Adalíbio Barth - Paróquia: São José | Ernestina e Tio Hugo

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