Cerca de 350 pessoas do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) estão acampadas em uma das propriedades do advogado Maurício Dal Agnol, nas proximidades do Km 3 da RST 153. A ação conjunta entre os dois movimentos começou a ocupar a área no dia 27 de abril e faz parte de várias outras ocupações que estão acontecendo no estado do Rio Grande do Sul, totalizando 1000 famílias acampadas.
A equipe da Comissão Pastoral da Terra da Arquidiocese de Passo Fundo está acompanhando e prestando apoio aos acampados. Já ocorreu uma marcha pela avenida principal da cidade juntamente com o movimento de luta por moradia, onde foi entregue a pauta ao procurador Paulo Cirne e também realizado contato com o prefeito municipal. Ambos, segundo lideranças do acampamento, prestaram apoio ao progresso da luta pelo direito a terra.
O acampamento busca especialmente a produção de alimentos agroecológicos para Passo Fundo, sabendo da necessidade existente de produtos saudáveis. Outra grande motivação é que o valor da indenização seja revertido às vítimas lesadas pelo proprietário da área, que é acusado de coordenar uma máfia que extorquiu milhares de pessoas em um sistema de telefonia em todo o estado do Rio Grande do Sul.
Com o intuito de ser acampamento modelo, já estão sendo preparados canteiros para iniciar o plantio de hortaliças orgânicas. Além disso, existe uma articulação com a Via Campesina e outros movimentos atuantes na região, entre eles o Sindicato dos Metalúrgicos. Essa cooperação entre as várias organizações apoiadoras da luta pela terra visa a formação e a divulgação da pauta do movimento.
O acampamento vai continuar na área e nos próximos dias estará negociando e reivindicando junto ao governo estadual e federal medidas de apoio e garantias de assentamento e acesso à terra.
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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Colaboração: Equipe da Comissão Pastoral da Terra em Passo Fundo