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19.Out - Livro “A Filha da Magdala” prova que Maria Madalena não foi prostituta
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No próximo dia 7 de novembro, a partir das 18 horas, durante a Feira do Livro de Passo Fundo, o jornalista Camilo Simon estará lançando o livro A Filha de Magdala. Camilo, que é irmão de dom Ercílio e do padre Irineo, explica que o livro pretende resgatar a memória de Maria Madalena, a mulher dos evangelhos que foi caluniada e acusada injustamente, há mais de 1500 anos atrás, de ter sido uma prostituta antes de converter-se ao Mestre Jesus. Somente em 1969, a Igreja aceitou o erro e aboliu o relato de Maria Madalena como prostituta arrependida, em leituras da missa.



Segundo ele, o papa Gregório I em 591, para provar a misericórdia de Deus, tomou três personagens dos evangelhos e idealizou uma figura que seria a Maria Madalena - a prostituta arrependida. Para o papa, a própria Madalena que possuía sete demônios; a adúltera que seria apedrejada pelos judeus e foi salva por Jesus e a mulher que derramou bálsamo e perfume nos pés de Mestre e secou-os com seus longos cabelos. As três mulheres foram consideradas uma só. Dali em diante, Maria Madalena foi considerada pela Igreja como uma mulher pecadora da pior espécie, originando esta fama milenar e de difícil comprovação.



Na verdade, Maria Madalena era uma mulher rica e, juntamente com duas amigas, Joana e Suzana, ajudava a custear as despesas de viagem do grupo dos 12 discípulos de Jesus pelas estradas da Galileia (Lc 8, 1-3). As despesas incluíam a hospedagem, a comida, roupas e calçados. Madalena não precisava prostituir-se para arranjar dinheiro. Ela tinha posses.



Camilo Simon permaneceu em Israel por três meses, pesquisando na histórica cidade de Magdala, terra natal de Maria e nas bibliotecas de Jerusalém. Durante a estadia, o autor descobriu que esta personagem foi a líder dos apóstolos, conforme definiu o bispo Hipólito (170-236). Ele designava Maria Madalena como a apostola apostolorum.  Ao examinarmos os evangelhos veremos que o grupo de Jesus tinha além dos 12 discípulos, várias mulheres como as três já mencionadas, mais Maria, a mãe de Jesus, Maria Salomé, prima de Nossa Senhora, Maria de Cleofas e outras como Marta e Maria, irmãs de Lázaro, que acompanharam Jesus em sua última viagem a Jerusalém, antes de ser assassinado pelos romanos e pelos judeus. Aos pés da cruz estavam as mulheres junto com o discípulo João. Os demais haviam fugido. Depois, acompanharam o féretro até o túmulo e o Mestre concedeu o privilégio a Madalena a ser a primeira a vê-Lo como Ressuscitado e a primeira a anunciar ao mundo. Estava decretada a fundação da Igreja Católica.



Pelos evangelhos, vemos a figura de Madalena como uma mulher guerreira, ativa e libertária. Foi a protagonista de grandes mudanças para humanidade; a mulher que quebrou todos os mitos e paradigmas da época contra as mulheres. Abandonou tudo e seguiu o Mestre como uma fiel escudeira.



Em Magdala, no ano de 2007, a autoridade arqueológica de Israel descobriu uma sinagoga datada dos primeiro século e hoje as escavações prosseguem com a descoberta do mercado público, dos banhos de purificação, das casas de pescadores e do cais do porto. Certamente Jesus pregou nesta sinagoga, pois em uma de suas viagens pelo Lago Genezaré, passou a noite em Dalmanuta  (Magdala).



No dias atuais, as mulheres lutam por seus direitos e por uma maior dignidade. Maria Madalena foi o protótipo de uma mulher que deu exemplo de independência, de protagonismo e de dinamismo, superando todos os obstáculos de sua condição de mulher do primeiro século, cujo modelo era ser somente uma dona de casa, mãe exemplar, submissa totalmente ao marido, analfabeta, proibida de viajar sozinha, nas sinagogas não poderia misturar-se aos homens e seu testemunho perante o júri nada valia, - concluiu o autor.



Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo

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Colaboração: Camilo Simon



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