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04.Ago - Vocação sacerdotal: amor do coração de Jesus
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A beleza da vocação sacerdotal, celebrada neste dia 4 de agosto, consiste em responder, cotidianamente, o chamado divino de doar a vida ao próximo

 

“Não fostes vós que me escolhestes, pelo contrário, fui eu que vos escolhi”. O trecho retirado do Evangelho de João permite compreender a essência da vocação. Chamados por Deus, aqueles que se dispõe a ouvir a voz que vem do alto, doam sua vida e se colocam a serviço. Assim, em agosto, a Igreja celebra as vocações - sacerdotal, diaconal, familiar, religiosa, leiga e catequista – e convida à reflexão e à oração para que os batizados “sejam fiéis como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas, para o bem do povo de Deus e de toda a humanidade”.

 

Escolhidos por Deus para viver a graça e o desafio

É Jesus quem escolhe o padre e o envia em missão. Em Seu nome, o sacerdote se coloca a serviço da comunidade cristã, na missão de acolher, perdoar, unir, e motivar a vivência da fé. Para o padre Mateus Danieli que foi ordenado em 2009 e atua, hoje, na paróquia Nosso Senhor Bom Jesus ser padre é, ao mesmo tempo, uma graça e um desafio. “Uma graça porque vem de Deus que nos chama e espera todos os dias a nossa resposta. Um desafio porque vivemos em um mundo exigente e o ministério presbiteral não é uma profissão, é uma vida dedicada totalmente à missão, à comunidade e ao Reino de Deus”, coloca. Para ele, o essencial é compreender que a vocação faz bem e traz felicidade.

 

Para o padre Élio Eilert, que completou 25 anos da sua ordenação sacerdotal em dezembro de 2016, a felicidade em viver a vocação é característica central da vida como padre. Vida essa que, segundo ele, é desafiadora. “É um desafio muito grande, pois diante das realidades que se apresenta na vida cotidiana, o padre precisa estar muito atento para poder responder com amor e com fé tudo aquilo que as pessoas pedem orientação”, inicia e acrescenta, também, que ser padre é estar sempre atento às realidades da vida. “Sinto, como padre, que é preciso estar junto ao povo percebendo aquilo que a pessoa precisa. Não podemos esperar que as pessoas venham até nós. O padre precisa dar a resposta, ir ao encontro. A Igreja, através do padre, acolhe, abraça e ajuda as pessoas a viverem a sua fé. Quem escolheu a vocação do ser padre, é muito feliz. E isso posso dizer pela minha vida: sou muito feliz pela minha vocação”, completa.

 

Dom para viver o testemunho

As palavras do padre Mateus e do padre Élio vão ao encontro do que pensa o padre Itamar Lavarda, ordenado em 1981. “Ser padre é um dom especial doado por Deus ao homem, a fim de que possa colaborar como seguidor de Cristo, no testemunho de vida e no anúncio do Evangelho junto ao povo”, coloca. “Sou um padre muito feliz nesta vocação, como um dom especial para viver como anunciador do Reino de Deus”, enfatiza o sacerdote que atua, hoje, em Tapejara. Ele acrescenta, ainda, que a vocação não é algo pronto, mas, exige esforços, renúncias e, especialmente, dedicação. “Deus chama a todos para segui-lo, mas nem todos tiram tempo para escutar o convite de Deus. É preciso deixar que Deus entre na vida dos jovens. Hoje, eu agradeço a Deus por confiar a mim a missão que, um dia, confiou a Jesus Cristo”, destaca.

 

Para o padre Dalci Debastiani, ordenado em 1986, toda vocação é bela quando a pessoa responde, com liberdade, o chamado de Deus. “É preciso que a pessoa escute o coração e a voz de Deus sobre a qual vocação ela está sendo chamada. Ser padre é procurar identificar-se todos os dias com a pessoa de Jesus Cristo nos seus gestos e atitudes”, define e complementa: “A juventude traz dentro de si grandes projetos e desafios. Por isso, é necessário que se apresente ao jovem a pessoa de Jesus. Quando o jovem se encantar com Jesus poderá se encantar, também, com a vocação ao sacerdócio”, sugere.

 

Servir por amor

A felicidade em responder o chamado divino, perceptível na fala dos padres, é constante, também, na vida do pároco da paróquia Nossa Senhora da Glória, em Carazinho, padre Leandro de Mello. Ordenado em 2008, o sacerdote – que tem como lema “Eu amo todos vocês em Jesus Cristo – vê o sacramento da Ordem como um serviço, assumido livremente, por amor. “Consagra a pessoa para doar a vida a serviço do Reino no auxílio às pessoas e a comunidade, especialmente as mais necessitadas”, inicia. “Ser padre é maravilhoso, é nobre, é graça, é dom, é resposta. Arriscaria dizer que ser padre, hoje, é loucura. É preciso estar enlouquecido pelo projeto do Reino para viver o ministério sacerdotal. Uma loucura evangélica, profética, exodal”, coloca.

 

O padre acrescenta, também, a necessidade de viver a vocação com entrega. “Ser padre exige preparação, porque ao rezar a missa, por exemplo, se meu coração não pulsar no ritmo cardíaco do coração de Cristo, não consigo presidir a missa com profundidade e ela se torna mecânica, se torna apenas ritual. É preciso saber que a Igreja é uma expressão de Cristo ressuscitado onde vivemos seu amor”, enfatiza e conclui: “Nós, padres, somos chamados a viver o mistério de amor em meio à comunidade, povo de Deus. Tudo o que fazemos, quando realizado com amor, se torna oração. É uma relação de entrega, de sentir-se preenchido pelo divino, seja em Deus Pai, Jesus Cristo ou no Espírito”.

 

Exemplos que fortalecem a vocação

Padre Leandro, que atua diretamente com a juventude, coloca, também, o seu desejo de ver outros jovens respondendo ao chamado divino. “Desejo e sonho que outros jovens ousem viver a vocação sacerdotal, porque ser padre é encontrar um valioso tesouro guardado no coração amoroso de Deus, presente em cada rosto humano”. Este é o desejo, também, do Serviço de Animação Vocacional que acredita que o exemplo destes e de outros padres fortalecem a vocação presbiteral. “Dentro da família presbiteral, os padres têm referências significativas para sua atuação pastoral”, inicia o responsável pelo SAV, padre Eberson Fontana. “A vocação do padre é uma resposta de amor ao chamado de Deus. A exemplo de Jesus, o Bom Pastor, o presbítero se coloca a serviço da sua comunidade, exercendo a missão de pastor, sacerdote e profeta”, completa.

 

Padre Carlos Kipper: o testemunho que fica

Além dos exemplos daqueles que vivem diariamente sua vocação, o presbitério é guiado, também, pelo testemunho daqueles que já partiram. Neste ano, a Arquidiocese lamentou a perda do padre Carlos Kipper que, aos 82 anos, vivia o lema “Envia-me, Senhor”. “Ainda marcados pela recente perda do padre Kipper, os presbíteros encontram em seu testemunho a marca da alegria, da doação total e da simplicidade. Aos padres mais jovens, estas características tornam-se marcos para a espiritualidade do seguimento a Jesus Cristo - em consonância com os apelos do papa Francisco. Seu jeito jovem de ser ensina que a idade não é determinada em absoluto apenas pelo número de anos vividos. Ser jovem é questão de atitude diante da vida; é viver com intensidade a missão confiada por Deus”, conclui padre Eberson.

 

Sammara Garbelotto

Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo

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