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04.Mai - Vocação leiga à serviço dos planos de Deus
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Vocação leiga à serviço dos planos de Deus

 

No último domingo, 03, a Igreja do mundo inteiro celebrou o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Com o objetivo de estimular o surgimento de novas vocações e refletir sobre a temática, o dia é uma oportunidade para, também, conhecer o testemunho de pessoas que vivenciam a sua vocação em seu cotidiano.

 

Esse é o caso da Mirte Santina, Coordenadora da Equipe Arquidiocesana da Animação Bíblico-Catequética da Arquidiocese, que viu na vocação leiga uma forma de viver o chamado de Deus para a sua vida. Relembrando o seu processo de discernimento vocacional, Mirte ressalta que o acompanhamento da família e a vivência na Igreja são essenciais para compreender a vocação. “Como cristã leiga, hoje no ministério Catequético, digo que o segredo para descobrir a vocação está no acompanhamento da família, mas também, no engajamento na Igreja e na sociedade, meios que ajudam a fazer brotar o chamado”, inicia.

 

Os primeiros contatos com Deus
Mirte conta que, para ela, a vocação foi se desenvolvendo desde criança quando, em casa, rezava o terço em família e ouvia histórias que a mãe contava. “Sendo de família muito humilde, não tínhamos livros para ler, ela, porém, contava histórias que conhecia e geralmente eram testemunhos de santos, que entregaram a vida por amor a Deus. Eu fui crescendo amando as coisas de Deus”. Ela lembra, também, que estudar em colégios conduzidos por religiosas foi, também, uma forma de se aproximar de Deus. “Com as religiosas, nossa classe escolar, rezava o terço na igreja e participava de missas, e eu em particular, fazia parte de grupos como Cruzada Eucarística, Coral e era muito prestativa e interessada. Então eu estava sempre ao lado da religiosa que era minha professora, ela me deixava carregar seus livros, seu terço e na Igreja eu ajudava a rezar a Ave Maria para os demais colegas responder. Ela me valorizava. Isto me despertou um amor profundo, sempre maior pelas coisas de Deus. Eu me sentia feliz e ali já nascia o meu desejo de atuar na evangelização de forma concreta quando crescesse”, relembra.

 

“Ali ardia o meu coração”
Mais tarde, na juventude, Mirte começou a atuar na Equipe de Liturgia na paróquia de Sertão. “O falecido padre Anacleto Zaffare sempre dizia: “não se esqueça de falar que você começou comigo”, era a época do Concílio Vaticano II. Convidada por ele e equipe de liturgia, refleti se teria condições de exercer da maneira que agradasse a Deus e fizesse bem ao seu povo. Mas, ardia o meu coração e percebi que era sim, o que mais desejava, era o chamado para a minha vocação”, ressalta.

 

Em Passo Fundo, Mirte casou, teve filhos, se aposentou e passou a atuar ainda mais concretamente na Igreja: cursou Teologia, atuou junto às equipes de liturgia, participou do ECC. “Eu amo liturgia e com este amor fui Coordenadora Diocesana de Liturgia por cinco anos e simultaneamente, dois anos Coordenei o Setor de Liturgia do Regional Sul3. Foram tempos plenos, intensos, pois tudo era feito pela glorificação de Deus e a realização do seu povo, do qual me incluía. Como os discípulos de Emaús, sentia meu coração arder de amor pelo que realizava. Continuei na equipe por longos anos e a felicidade era visível. Meus filhos diziam que meus olhos brilhavam!”, lembra.


Hoje Mirte vivencia sua vocação na Coordenação Arquidiocesana da Animação Bíblico-Catequética. “Questionava-me sobre coordenar a Catequese Arquidiocesana, pois era um grande desafio e não sabia se daria conta, porque minha área era liturgia. Refletindo, como exige o chamado, senti que as duas, catequese e liturgia, precisam andar juntas e que: Deus não escolhe os capacitados Ele capacita os escolhidos! Aceitei, sou feliz e realizada, amo o que faço e aí está o segredo: estar a serviço com amor, como doação de vida, tudo pela glória de Deus”, enfatiza.

 

“Deposito todo meu amor no que realizo”
Para Mirte, a presença de Deus em sua vida e o seu constante chamado são capazes de trazer a força necessária para enfrentar os desafios. “Eu vivencio minha vocação como um espaço de partilha das alegrias, tristezas, angústias, realizações, projetos, sonhos. Deposito todo meu amor no que realizo, pois amo o que faço e isso fortalece minha caminhada”, coloca e ressalta, também, a importância da gratidão. “Procuro ser agradecida a Deus diariamente, sentindo a sua presença, com a segurança do espírito familiar. Espírito este, que faz acontecer o encontro da filha com seu Pai, mas também, da filha com sua Mãe, Maria, para conversar, estudar, partilhar a vida e a caminhada, rezar, refletir a Palavra de Deus, alimentar e sustentar a participação na vida da Igreja e da comunidade. Tudo isso fortalece, incentiva e anima minha atuação e formação junto aos coordenadores(as) paroquiais, catequistas, lideranças, grupos de jovens, comunidades, servindo a Igreja nas mais diversas áreas de atuação”, complementa.

 

Por fim, Mirte destaca que a confiança em Deus é o que a permite realizar a sua vocação. “Coloco-me diante de Deus humildemente, e em minha fragilidade humana me aproximo como filha que tem fé, que confia plenamente no seu amor, conduzindo minha vida em seus braços. Inspirada pelo Espírito Santo, busco realizar de forma sublime, esse mistério de amor que é minha vocação, e que procuro no dia a dia renovar o meu sim ao chamado”, conclui.

 

Sammara Garbelotto
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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