Emoções: reação moral, psíquica ou física, geralmente causada por uma confusão de sentimentos que, diante de algum fato, situação ou notícia faz com que o corpo se comporte tendo em conta essa reação, expressando alterações respiratórias, circulatórias; comoção.
Assim, no dicionário, as emoções parecem práticas e simples de lidar. Na vida, no dia-a-dia e em meio à rotina nem sempre é assim. Parece não haver tempo de falar sobre o que se sente ou interesse em ouvir o que o outro está sentindo. E aí, engolindo uma emoção ou outra, a vida vai acontecendo.
Enquanto você leu estas oito frases alguém, em algum lugar do mundo, acabou de cometer suicídio. Sim: a cada 40 segundos ocorre um suicídio no mundo. Em um ano, cerca de 1 milhão de pessoas tiraram a própria vida. Quando se trata das tentativas de suicídio, os dados são ainda mais alarmantes e o intervalo de tempo é ainda menor: uma a cada três segundos. Já no Brasil, ocorre um suicídio a cada 45 minutos. Segundo Organização Mundial da Saúde (OMS), a faixa etária mais afetada pelo problema é a mais jovem: de 15 a 29 anos.
E é justamente em contraponto com esses dados que entram as emoções: falar abertamente sobre o que sente, sobre os desejos, dores e dificuldades é a forma mais eficiente de prevenir o suicídio. É fato: a primeira medida preventiva é a educação. E perder o medo de se falar sobre o assunto, quebrar tabus e compartilhar informações é o principal caminho para ajudar a esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas contribuem para tirar o assunto da invisibilidade e, dessa forma, mudar essa realidade.
Setembro Amarelo
Na busca pela redução dos casos de suicídio no mundo, a OMS definiu o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. No Brasil, desde 2015, a Campanha “Setembro Amarelo” busca conscientizar a população sobre a gravidade do problema e melhorar a ajuda a quem precisa. A proposta de associar a cor ao mês que marca o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio tem a ideia é pintar, iluminar e estampar o amarelo nas mais diversas resoluções, garantindo mais visibilidade à causa.
CVV: em busca da valorização da vida
Fundado em São Paulo, em 1962, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma das ONGs mais antigas do país. Desde o seu surgimento, realiza apoio emocional e busca atuar na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar - sob total sigilo pelo telefone 188, e-mail e chat.
Hoje, cerca de 3 mil voluntários, em mais de 110 postos, prestam serviço voluntário e gratuito 24 horas por dia, nos 365 dias do ano, aos que querem e precisam conversar sobre seus sentimentos, dores e descobertas, dificuldades e alegrias. De forma sigilosa e sem julgamentos, o voluntário do CVV busca ouvir aquele que liga com profundo respeito, aceitação, confiança e compreensão, valorizando a vida e, consequentemente, prevenindo o suicídio. Após a implantação do telefone 188, por meio de acordo com o Ministério da Saúde que garantiu gratuidade da tarifação telefônica, são registrados cerca de 3 milhões de atendimentos por ano. Quer saber mais ou, ainda, se tornar um voluntário? Acesse: www.cvv.org.br.
Sammara Garbelotto
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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