Encontro de Seminaristas busca relembrar as quatro décadas de atuação e reunir quem já passou pelo Seminário
A história do Seminário Nossa Senhora Aparecida, que completou 40 anos em março deste ano é norteada pela crença do povo que coloca em Nossa Senhora Aparecida toda a sua fé. Com as portas abertas em março de 1977, o Seminário Arquidiocesano já foi o lar de mais de 680 seminaristas. Buscando celebrar e fazer memória das lembranças que permeiam a história do Seminário, os seminaristas e ex-seminaristas têm um encontro marcado para o dia 3 de setembro: proporcionando o reencontro daqueles que já passaram pelo Seminário, o encontro é oportunidade, também, de vivenciar a espiritualidade e a convivência.
“Saída para o mundo”
Para aqueles que compartilharam a vida no Seminário, as lembranças permanecem vivas. Leonardo Biazus, professor de Filosofia e Ensino Religioso no Colégio Salvatoriano Bom Conselho e, também, integrante da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese, frequentou o Seminário de 2006 a 2009 – realizando o Ensino Médio no Seminário Sagrado Coração de Jesus, em Tapera, e parte da graduação em Filosofia no Seminário Nossa Senhora Aparecida. As vivências marcam a sua vida. “Entre os muitos aspectos, este período contribuiu com o desenvolvimento de minha autonomia, uma vez que representou a ‘saída para o mundo’, exigindo mais responsabilidade e compromisso comigo mesmo, com minhas finanças e atitudes”, inicia o jovem.
Partilha de vida
Leonardo acrescenta que a experiência da convivência com outros jovens também colabora na formação da personalidade. “É interessante perceber que, ao ingressar no Seminário, passa-se a conviver diariamente com um grupo maior do que aquele que se estava habituado. Como este novo grupo é bastante heterogêneo, é preciso aprender a conviver e respeitar as diferenças de cada um, fazendo com que se desenvolva a tolerância e a empatia”, destaca. Além disso, o professor comenta, ainda, que o trabalho pastoral, desenvolvido por ele desde o 2º ano do Ensino Médio, proporcionou o contato com um contexto diferente daquele em que estava inserido. “Na época, acompanhado de um ministro da eucaristia e de um colega, eu visitava doentes no hospital de Tapera, para que pudesse conhecer a realidade das pessoas que lá se encontravam e levar palavras de paz e conforto. Mais, tarde, desenvolvi meu trabalho de pastoral junto às comunidades carentes, tanto em Tapera quanto em Passo Fundo, contribuindo nas missas, liturgias e visitas. O aprendizado deste período certamente é utilizado hoje, na forma como busco tratar meu semelhante”, explica.
Espiritualidade que permanece
Ainda que tenha optado por não dar seguimento à vocação sacerdotal, Leonardo enfatiza que a aproximação com a espiritualidade e com a religiosidade, proporcionadas pela experiência do Seminário, seguem com ele até hoje. “Por mais que tenha vindo de uma família muito católica, foi a partir do período em que fui seminarista que estreitei meus laços com a Igreja Católica. Hoje, ao fazer parte do Cursilho Jovem, eu posso retomar as vivências de fé aprendidas enquanto seminarista”, coloca e acrescenta, também, que essa experiência vai além do lado pessoal e reflete na sua posição enquanto profissional. “Boa parte daquilo que levo para sala de aula é resultado da formação humana e cristã recebida durante os quatros anos em que fui seminarista. Cabe destacar que, apesar de não ter seguido a vida sacerdotal, este período foi importante para a formação de meu caráter e base para minha fé”, conclui.
Programação
É com o intuito de reunir jovens como o Leonardo, que veem o Seminário como ponto essencial em sua formação, que o Encontro de Seminaristas será realizado pelo Seminário. As atividades iniciam às 10h com acolhida e seguem às 10h30 com uma missa celebrativa. Será realizado, também, um almoço e momentos de integração e confraternização.
Sammara Garbelotto
Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Passo Fundo
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